Nos últimos anos, em decorrência dos desafios advindos das mudanças climáticas e da necessidade de fontes de energia mais sustentáveis, a transição energética ganhou certa evidência. Mas, na verdade, ainda falamos menos sobre o assunto do que o necessário.
Lideranças globais e estudiosos têm chamado a atenção de governos, instituições e sociedade em geral para a realidade que boa parte das pessoas parece ignorar: o planeta Terra é um só. Nesse sentido, a transição energética não é opcional, mas um imperativo.
Diante da importância do tema, este artigo apresenta o conceito de transição energética. Além disso, aborda benefícios, desafios, estratégias e dados que demonstram a relevância da pauta. Também discutimos como a iniciativa privada e consumidores podem (e devem) contribuir.
A transição energética é o processo de substituir as fontes de energia fósseis — tais como carvão, petróleo e gás natural – por fontes de energia renováveis e menos poluentes: solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde, por exemplo. Essa mudança é fundamental para reduzir os impactos ambientais das atividades humanas, especialmente o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicam que as atividades humanas já elevaram a temperatura média global em cerca de 1,1°C desde o período pré-industrial. Sem ações efetivas, esse aumento poderá ultrapassar 1,5°C até 2050, um ponto crítico que trará consequências desastrosas para o planeta, tais como o aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e perda de biodiversidade.
Abordamos o conceito de transição energética e entendemos o quão urgente é a pauta. Também conhecemos os benefícios de substituir as fontes de energia fósseis. Abaixo, destacamos as três principais fontes de energia renovável.
A energia solar, captada por paineis fotovoltaicos, é uma das fontes mais promissoras. A capacidade de geração solar cresce aproximadamente 20% ao ano globalmente. E o Brasil se destaca como um dos maiores potenciais solares do mundo.
A energia eólica, que utiliza o vento para gerar eletricidade, é outra alternativa promissora. Segundo o Global Wind Energy Council (GWEC), a energia eólica poderia atender cerca de 20% da demanda global de eletricidade até 2030, com a capacidade instalada atualmente em crescimento.
O hidrogênio verde, produzido a partir de eletrólise usando energia renovável, é considerado o combustível do futuro. Ele é uma solução viável para setores industriais de difícil descarbonização, como o transporte pesado e a siderurgia, que representam grandes emissões de carbono. O desafio dessa fonte de energia é o alto custo.
Apesar dos benefícios, a transição energética enfrenta desafios complexos. Alguns deles estão a seguir.
A transição energética é impulsionada pelo desenvolvimento tecnológico, que permite maior eficiência e integração de fontes renováveis.
A transição energética é pauta de política pública. E infelizmente, nesse caso, ainda deixamos a desejar. Diante desse cenário, como empresas e investidores podem contribuir? Muitas instituições têm investido em fontes renováveis próprias ou comprando créditos de carbono para compensar suas emissões.
Empresas como a Amazon e a Microsoft estabeleceram metas de zerar suas emissões líquidas até 2050. Ademais, a Tesla e outras empresas do setor automotivo, por exemplo, são pioneiras na eletrificação do transporte.
Quando o assunto é transição energética, todos têm responsabilidade, inclusive o consumidor. A escolha por produtos e serviços sustentáveis pressiona o mercado a adotar práticas menos poluentes. Opções como veículos elétricos, sistemas de aquecimento solar e contratos de energia verde estão cada vez mais comuns e devem se tornar mais acessíveis com o tempo.
A transição energética é um caminho urgente para garantir a sustentabilidade do planeta, mas é um processo que exige a colaboração de todos os setores da sociedade. Para que essa transição ocorra de fato, é necessário que governos, empresas e indivíduos tomem decisões conscientes e responsáveis. Cabe ressaltar, nesse contexto, o papel basilar de políticas públicas efetivas.
Apesar dos desafios, as oportunidades oferecidas pela transição energética são promissoras. A possibilidade de gerar milhões de novos empregos em setores como energia solar, eólica e de hidrogênio verde, além de garantir maior segurança energética, pode transformar economias e promover um crescimento sustentável.
Em suma, falar sobre a transição energética e implementar ações práticas são medidas essenciais para proteger o meio ambiente e assegurar qualidade de vida para todos. A mudança para uma matriz energética mais sustentável exige comprometimento, mas os benefícios são claros e permitem o vislumbre de um novo futuro.
A Agenda ESG evidencia ainda mais a urgência da transição energética. Mas o que a sigla tem a ver com inclusão social? Descubra.
Com 34 anos de carreira em jornalismo, sendo 23 deles na Rede Globo, a maior emissora do Brasil, Giuliana Morrone ficou conhecida por cobrir momentos históricos mundiais.
Formada em Jornalismo e especializada em Jornalismo Político pela Universidade de Brasília, conta também com um MBA em ESG pela PUC Rio e especialização em liderança feminina pela Harvard University.
Seu amor pela profissão começou aos 14 anos, quando conseguiu uma entrevista com a poetisa Cora Coralina para o jornal da escola, marcando o início de uma trajetória de sucesso.
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Jornalista com trajetória de mais de 30 anos na TV Globo e especialista em ESG, Giuliana Morrone ajuda negócios de todos os segmentos e tamanhos a pautar o próprio futuro.
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